Hoje tô inspirada. Pode deixar que tem tudo a ver com meu livro.
Sou fruto da geração anos 80. Usei roupa de asa morcego, cores escandalosas e quase fosforescentes,brincos de borracha. Andei de patins achando que eu era uma das musas do filme XANADU. Fiz jazz e ballet e ia para a escola de polaina. Vivia de polaina. Adorava. Só que também tive minhas peculiaridades. Um dos meus primeiros discos não infantis foi um compacto da Kim Carnes que tinha a música Betty Davis Eyes. Eu adorava o video, onde um dava tapa na cara do outro em sincronia com a música. Dançava junto. Isso era na época do SOM POP. Logo depois, por influência de minha tia Ione, interessei-me pela que considero uma das melhores bandas de música popular mundial - QUEEN. Comprei meu primeiro disco da banda aos 12 anos e, claro, era apaixonada pelo Roger Taylor, e queria tocar bateria "que nem ele". Tinha camiseta, sabia a ordem das músicas nos discos, cantarolava o dia inteiro.....
Nunca fui fã ardorosa de banda alguma. Não como sou do QUEEN. E um de meus sonhos era conhecer Freddy Mercury. Semprei senti que era uma pessoa maravilhosa. Lembro-me de uma vez estar em final de aula na academia de ginástica e o professor sugerir um relaxamento. Iriamos flutuar pela região e chegar em uma sala nas nuvens onde estariam pessoas especiais para nós. Freddy estava lá na minha sala. Quando terminamos o relaxamento eu estava chorando porque a sensação da presença dele foi muito real.
Sempre quis conhecer a terra onde minha banda preferida se criou. E fui para lá.
Uma das coisas que é muito bom se fazer quando se projeta uma viagem é ter um objetivo. O meu seria ter a sorte de encontrar um dos membros da banda pelas ruas da Grã Bretanha, visitar a rua da casa de Freddy, talvez dar de cara com o apresentador do Lonely Planet, Ian Wrigh e conhecer as terras onde surgiram os fantásticos personagens Connor Macleod e Hamish Macbeth. Veja aí que minha curiosidade vem da música, do cinema e de programas de viagem. Estes seriam pontos de partida para um aprofundamento até o magma da terra.
Gosto muito de história, então também queria conhecer lugares marcantes nos acontecimentos mundiais. Isso tudo levou meses de pesquisa e não foi suficiente. Nunca será. Há muita coisa no mundo para tentarmos conhecer em parcos meses de férias. Feliz daquele que pode realizar um sabático (uma folga que se estende além do período de férias, podendo durar anos ou um mês e meio, dois).
E assim fiz com outras viagens que realizei. Em uma queria encontrar com a banda Metallica pela rua, na outra queria encontrar o Edward Norton pela rua, em outra queria visitar a Ilha de Elba, onde Napoleão passou seus últimos dias...
Também gosto muito de obras de arte. Sou formada em Publicidade e Propaganda pela Cásper Líbero, só que nunca trabalhei na área. Deveria ter feito cinema se queria criar para divertir as pessoas. Assim estaria mostrando uma realidade de sonho. Nossa professora de História da Arte, a Marlene, sempre nos lembrava de seus três escorpiões na carta astrológica. Ela dava uma bruta aula, expressiva e cheia de detalhes que recordo sempre. Suava no buço de tanta energia que colocava nas suas exposições. Quando for ao Egito lembrarei dela que frequentemente dizia ser fascinante e mágico.
Nas artes gosto muito de Bosch, Bruegel, van Gogh, Egon Schiele, Kandinski, Toulouse Lautrec, Rodin, Camile Claudel, Caravaggio, Michelangelo, Tarsila do Amaral, Brecheret, Portinari, Dali, Arcimboldo....daí eu ficar horas e horas dentro dos mais diversos museus. É uma opção porque enquanto você está dentro, perde o que tem fora. E o tempo é curto. E isso é só na pintura e alguns escultores. Tem muito mais!
Mas tudo isso é desculpa para eu falar do último show que tive o prazer de assistir. O SHOW DO MUSE, trindade inglesa com sonoridade perfeita. São músicos mesmo! Não uma molecada que começou a tocar uns riffs de guitarra e dali desemaranhou notas que combinavam. É uma música elaborada, com melodias dramáticas como uma literatura russa, algo meio desesperado, tendo como prova os agudos perfeitamente colocados do vocalista Matt Bellamy. Talvez por isso a escolha de uma obra de Prokofiev como abertura do excepcional show que aconteceu em São Paulo dia 31 de julho. Fiquei atrás do pessoal do som, que estava p...(tenho que tomar cuidado para não encher o comentário do show com a palavra "perfeito") sem falhas. Pulei e headbangeei tanto que só dois dias depois é que fui sentir as consequências de tanta felicidade. Fiquei com o pescoço duro e com a coluna toda dolorida. Valeu a pena. Agradeço minha irmã linda a oportunidade porque foi ela quem me presenteou com o ingresso. É que agora sou escritora iniciante e estou pobre. Minha riqueza, por ora, são meus pensamentos expostos nesse blog e, o mais breve possível, em minha pequena obra literária.
Como objetivo de minha próxima viagem espero encontrar o MUSE nas ruas do Londres.
Quais os seus objetivos? Qual será o seu tema?
Sorte para todos!
V for Verônica
13 de fev. de 2009
UI! UI! SOU PURA ARTE.....
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