8 de dez. de 2014

Mochilão Chile 2014 - 14 dias poderosos!!!

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É isso aí, gente! Eu precisava disso!!! Foi curto e valeu a pena.
Laguna Cejar - Atacama

Fruta Lúcuma
O Chile é um país, na pequena parte que conheci, PODEROSO!!!
A natureza é feroz, grandiosa e encantadora.
Desde os cachorros gigantes (como os da Argentina) até as Vicunhas do deserto; da história da ditadura aos belos grafites das ruas. Tudo é largo como os Andes nesse país. Tudo do pouco que vi. O pais, que é uma linguiçona, tem sabor de lúcuma.
André (meu "entenado" ou "hirrastro") e yo passamos dias movimentados no país costeado pelos belos Andes. Aliás, a beleza já começa chegando  lá!!! Os Andes, com um tantinho de neve, já me emocionavam. Que lugar mais lindo! Que vista calma. Um mar de montanhas floculado de neve. Logo aparecem pequenas vilas no meio do nada. Estradinhas que parecem levar a lugar nenhum e, mais adiante, Santiago, plana, seca, quente. Uma mini São Paulo, 10 vezes mais organizada, 8 vezes mais limpa, 6 vezes mais cuidada, 3 vezes mais cara.
Grafite na rua La Moneda
É. O Chile não é "pa pôco". É caro! Só achei barato passagem de busão para viagem. o restante.....Quer apreciar o país? Leve grana. Eu, como mochileira em situação de super economia, só não passei aperto lá porque estava com André, que tirou mais dinheiro no Banco para podermos usar!
Falarei de nosso roteiro e depois do "confie desconfiando de valores na internet".
8/11 - Santiago
9 a 12/11 - Pucon - Vulcão Villarrica/Parque Nacional Huerqueue/Ojos de Caburgua/Lago Pucon
13 a 16/11 - Calama/San Pedro de Atacama - Laguna Cejar/Valle de la Luna/Geisers del Tatio.
17 a 22/11 - Santiago

Cartaz da França em apoio aos perseguidos pela Ditadura na década de 70
Vejam que foi um roteiro apenas para sentir gostos.
Café da manhã nos
Geisers del Tatio
O ideal em uma viagem destas seria 30 dias degustando, pelo menos, por uma, duas semanas o Atacama, uma semana Pucon e qualquer outro lugar com natureza por 4 dias, deixando uns dois, três dias para Santiago. Longe da minha ideia não ter gostado de Santiago; gostei muito! O negócio é que, como escrevi anteriormente, é uma São Paulo e, nop meu caso, sou de São Paulo. Quero ver coisas diferentes! Para você que não conhece uma bela cidade grande da América Latina, digo que conheceu uma, conheceu todas. O que vale é a beleza natural. América latina é beleza natural.
Chocolate com lúcuma
Gente, tô falando isso para você aproveitar o tempo com o novo! Tem gente que gosta de cidade e fim! Quer ir no shopping, nos camelôs, experimentar todas as comidas, ir a todos os museus(também quero!!!!), mas dependendo do tempo que você dispõe, precisa saber usá-lo para novidades.
Museu de Belas Artes - Obra "Personas"
Já falei que o Chile é caro? Falei, não é? Deixa eu falar de novo porque gastei 50% a mais do que esperava. Parecia que eu tava na Europa, gente! 1,6l de água a R$5,00!!! O litro da gasolina a R$4,50. Apesar dos valores altos encontramos alguns chilenos entre os MUITOS BRASILEIROS que visitavam, principalmente, Santiago. Nós aumentando a leva, ófecórse! 
Pelo que conversamos com alguns parece que havia uma boa promoção de voo com hospedagem e fez com que o pessoal preferisse outro país ao nordeste. Muito certos! Faço o mesmo. O negócio é que quando se chega no país as coisas são um pouco diferentes do que lemos na rede. 

O que estava um preço este mês, dois meses depois está 15% mais caro. Ou mais! Bem, aconteceu comigo. Até o preço dos passeios que havia visto meses antes estavam mais caros e nem era temporada. Isso confundiu todo meu orçamento.

Seguinte: havia planejado, 14 dias antes a viagem, o que iríamos fazer. Desde o ano passado já namorava a ideia de ir para o Chile. Tenho até um post com os planos pq Mamorrrr e eu iríamos para lá, mas acabou o dinheiro. Daí, pelas minhas contas, R$80,00/dia era o suficiente. Seria R$1400,00 para os 14 dias, sendo o dia da chegada e da partida com menos gastos. SÓ QUE NÃO.

Que tolinha eu....Uma colega que havia estado meses antes no país tinha contado que tava tudo muito caro. Ela é uma viajante "normal". Foi com o marido, a irmã e o cunhado. Fizeram passeios de casal mais "experiente", foram a restaurantes, fizeram compras...mas ela falou que tudo, TUDO MESMO, estava caro. Como minha viagem seria de mochileira, entendi que os preços caros eram devido a hospedagem, restaurante, compras. Era nada! Mercado caro, passeios caros! Entradas nos locais de R$10,00 para mais. Se vc acha que isso está bom, fico feliz porque tem locais no Atacama, por exemplo, que se não for com van (ou se vc estiver sem carro) não rola. Você perde. E tem muito o que visitar por lá. E vale a pena.

Mas vocês querem saber é do vulcão VILLARRICA, vá! O vulcão é LÔCO!!!! Não quero fazer de novo, mas quero fazer outro de novo.

Guia colocando nossas perneiras às 6h40 am
Agência Vulcão Villarrica
As empresas que se contrata para fazer a escalada fornecem todo equipamento: roupa de neve, botina de neve, grampones(sandália de sola com pontas de ferro que se coloca por cima da botina), picaretinha, capacete, proteção dupla para manter as canelas aquecidas e o "esqui bunda" ou "Asski", como eu dizia pros gringos que chamava. Você deve levar protetor solar, óculos escuros, 1,5L de água e dois lanches leves, ou barrinhas, ou batata frita...algo para comer durante as pausas da escalada, 

 Uma van nos leva ao sopé da montanha e de lá iniciamos nossa escalada, onde há um teleférico (que só funcionaria duas semanas mais tarde). Neste local são fornecidos o capacete, a picareta, mais uma luva e o esqui bunda. São três guias para 12 pessoas. Éramos 11.

Um dos guias começa a explicar como usar a picareta e COMO CAIR. Fala que vamos fazer paradas para descansar e comer algo e que subiremos num ritmo calmo e lento. Ok. Vamos começar.

E no início tudo é divertido. A fila era indiana, os escaladores eram 6 brasileiros, 2 estadunidenses, 3 não sei de onde, mas que falavam espanhol. 7 mulheres para 4 homens. Já de início, com menos de 15 minutos de subida, o marido de uma das brasileiras ficou. E um guia tentando incentivá-lo a continuar. O pobre não tinha fôlego. A mulher dele continuou subindo.

Depois de uma hora e meia, acredito, fizemos a primeira parada. Eu ainda tava achando tudo legal. Estávamos indo devagar, eu tava quente por causa do ritmo, estava um pouco cansada, mas nada de que não desse conta. Eu queria era chegar no topo logo!!!! TELETRANSPORTE JÁ!!!! Nem é pela canseira. Era porque eu queria ver logo tudo lá do alto.
Uma primeira parada e você começa a sentir o frio real. Meus dedos da mão estão ficando dormentes. Meus lábios estão secos e não vou abrir a mochila pra caçar meu baton agora. Já tinha passado e já não estava mais funcionando.

Voltamos a caminhar e comecei a pensar que ainda faltava mais de quatro horas para chegarmos ao cume. "No alto daquele cume....tem o pé de uma roseira....formigas do cume saem......a rosa no cume cheira......." hahahhaha não resisti! Grande Falcão.
Encontrando uma equipe no meio do caminho
Bom, Voltamos a subir e agora os onze se dividiram em duas equipes: os que andam melhor e os que andam "pior". hahahhaha. Eu tava na segunda equipe. Não porque tava andando mal, mas porque podia tirar fotos mais sossegada e ir com mais calma ainda, sem me cansar demais. Gente, eu tô com 41 anos!!!! Não sou mais mocinha.....
Mais uma hora e meia de caminhada e paramos de novo. Agora para colocar os grampones e comer mais um pouco. Tinha gente com catarro escorrendo do nariz e não tava nem aí. Acho que só de canseira. Os guias é que colocam os grampones na gente e agora explicavam  COMO CAIR COM OS GRAMPONES. Voltamos a andar.
Agora eu tava cansada e tinha muito vento forte. Começou a machucar o meu rosto. Um vento oeste muito pesado dando dormência na minha bochecha e na minha boca. Parecia que eu tinha saído do dentista ou posto botox(acho que fica assim, sem sensibilidade a cara). Botei a minha patinha com luva pra proteger o rosto. Comecei a me perguntar qual a razão mesmo de eu estar fazendo aquela merda daquela escalada. Não tinha graça alguma e eu tinha que terminar de subir porque depois eu tinha que DESCER!!!! À minha frente, grupo dois, o casal de cariocas estava com dificuldades. o marido ia bem, era corredor, mas a esposa não fazia exercícios e estava muito fraca. Subia curvada e quase não conseguia levantar a botina. Um dos guias pegou no braço dela e começou a puxá-la cantando "Gracias a la vida". Claro que cantei junto. Mas os ventos fortes empurravam a criatura que nao tinha mais forças para se equilibrar. Uma hora depois tivemos mais uma parada. Esta foi a decisiva.

"AQUÍ ES EL MOMENTO DE DECIDIR SE VAN A LA CUMBRE O NO PORQUE TENEMOS QUE HACER COM FUERZA UNA HORA DE ASCENCIÓN SIN INTERRUPCION E ES FUERTE!"  

 Os dois casais de brasileiros ficaram. Um pelo marido e o outro pela esposa.

Lá fomos, os sete, mais um guia, numa subida com ritmo maior. Eu nem olhava para cima. Só para minhas passadas. Faço isso quando não quero ver o que vem adiante. Só que um "hijo de una perra" falou em inglês "Vamos lá, gente!!! Só mais uma hora e vocês estão lá!!!!" 
Como assim? A gente já tava andando há quase quarenta minutos e ainda faltava uma hora?! Bateu um desespero. Uma vontade de meter uma voadora com os grampones na cara do gringo e xingar ele todo e fazer esqui bunda dele e descer daquele santificado vulcão. Mas tudo bem. Não consegui chorar porque o ar tava muito seco e com medo de congelar minha retina. (hihihi) Aliás, eu já estava com dificuldades de erguer os pés nas passadas.

Não deu mais que vinte minutos e comecei a ver que tinha uma parte curva no alto, perto da gente! CHEGAMOS!!!! Ai, Senhor! obrigada obrigada obrigada!!! Mas......cadê André???? Justo agora que estamos aqui ele não chegou???? E o povo se abraça, e anda lá por cima, e aquela ventania fortíssima, cheiro de enxofre e muitas nuvens. Não dava pra ver nada abaixo das nuvens.

Ai, gente, que cratera enorme! Quanta fumaça, quanto gelo, quanta emoção e alívio por ter conseguido chegar bem. Tirei umas fotos deitada no gelo porque estava com medo do vento me empurrar como oferenda na boca do vulcão.
Tiramos fotos de tudo quanto é jeito. A maioria acho que com pose jogados no chão. Agora tínhamos que descer.

A descida com o famoso esqui bunda aconteceu depois de uma hora vulcão a baixo. Tiramos os grampones e encaixamos aquela colher plástica gigante entre as pernas. Isso me deixou com belíssimas marcas roxas nas coxas e virilha. mas foi "meio divertido".

Ao final de tudo, já dentro da van, cada um contou um pouco de suas emoções na escalada, na desistência, na vontade de fazer mais coisas aventurescas nestas breves férias.

Pucon tem mais do que o vulcão. Tem as lagunas, o parque nacional com muitas trilhas (vc tem que pegar o busão das 8 da manhã para visitá-lo ou acampar nele!!!), as termas.....mas nada havia superado a ousadia de, eu, com toda minha falta de exercício, gordura e idade, chegar na boca daquele vulcão.

Esforço físico, psicológico, rítmico....

Meu primeiro vulcão
que vai ficar na minha história.


V for Verônica


SUBIDA AO VULCÃO VILLARRICA: 35 PESOS. Hoje: R$175,00
Obs: Têm vários brasileiros que metem o pau nos guias chilenos dizendo que são grossos (li alguns viajantes na internet comentando). Olha, acho que é o jeito deles, viu! O brasileiro é todo simpático e eles são práticos. Se ficarem fazendo muito dengo com o pessoal que está indo devagar eles não vão chegar com a equipe no topo no horário certo.
O parque tem horário para fechar e assim eles têm horário para fazer o roteiro de subida e descida. Então, se um guia te parecer grosso e impaciente, pelo que vi, é outra coisa: ordem e cumprimento de horário. Lembrem de mais uma coisa: Fico pensando como é gostoso subir aquele vulcão, tipo, umas 3, 4 vezes na semana. É o trabalho deles, sim. Mas vamos dar um desconto. Afinal, brasileiro é uma simpatia. De qualquer forma quando fui reservar minha subida comentei sobre o que li na net e acredito que tenham conversado entre eles sobre isso porque uma antipatia espanta escaladores.



O Atacama vai pro  próximo post.


13 de out. de 2014

Tudo que você não pode deixar para trás

JÁ TEM O LIVRO DE MOCHILÃO? ADQUIRA O TEU AQUI



Saudações meu povo desejoso de conhecer este mundo, se empenhando para concretizar este projeto!

Cá estou eu, pesquisando o ainda inatingível: a volta ao mundo com Mamorrrr.

Pesquisa em vlogs, blogs, basicamente internet, porque desconheço gente de carne e osso que seja do meu circulo de conhecidos  que já tenha feito uma VAM.

Nas pesquisas me deparei com um casal “nômade” – CASALPARTIU – (admirei!) que está pelo mundo há 4 anos sem casa, sem carregar tudo nas costas (exceto a mochila, ou a mala de rodinhas) e vivendo gitanamente, trabalhando tecnologicamente e fisicamente em períodos esparsos no Brasil. A história é interessante e vale assistir o vídeo explicativo deles.


Gostaria de ter condições mais seguras de fazer algo do tipo, mas não me sinto confortável, nem tenho capacitação para viver por meio da tecnologia. Nada é impossível, mas não é meu plano. Por ora.

O legal é que fiquei pensando nessa coisa de posse, de acumuladores, de como não gosto de ter um monte de coisas, mas ao mesmo tempo meu guarda-roupa tá entulhado, com as gavetas vomitando camisetas, cabides suportando pesos que nem meu corpo suporta. (estouro as costuras....).

Fiquei a me questionar sobre mim quando viajo com uma mochila e me sinto tão plena. Será que era porque sabia que ia voltar para o meu tudo, as minhas coisas? Fiquei pensando na minha casa, no valor do condomínio, nas portas fechadas, nos aparelhos eletrônicos.....depois comecei a pensar que realmente não tenho um monte de coisas. A não ser uma pá de roupas. Se minha casa pegasse fogo agora, correria para salvar os cds com fotos de viagem que não pus na nuvem e as fotos físicas que tenho. Os documentos seriam a segunda coisa apenas pelo fato de ser uma chatice fazer tudo de novo.
Eu choraria pelo susto, pelo disco dos Secos e Molhados original que é da minha tia Ione, mas está aqui comigo, lamentaria os discos do Nat King Cole virarem concha com o calor porque eles lembram meu pai no tempo em que eu era criança, no final de semana, ele tomando Campari e minha mãe cantando enquanto estava fazendo algo gostoso na cozinha. Eles estão vivos, viu gente! Lamentaria estas coisas-chave que desencadeiam lembranças maravilhosas. Como se na verdade a gente precisasse disso para rememoriar felicidades...

Coisas coisas coisas!!!! Para que tantas coisas?

Gosto das lembranças dos locais que viajo e gosto das lembranças que as pessoas me dão. São lembranças? Não; são coisas. E colocamos valor inestimável (emocional) nelas quando deveríamos aplicar esta emoção em momentos e pessoas. Não tô dizendo que a gente tem que fazer bazar todo ano na garagem (ou tô?) e praticar o famoso “desapego”. Mas estou dizendo que estas coisas podem prender a gente mais do que queríamos.

Daí pode ter certeza que estou falando não só de coisas, mas de emoções, pessoas, emprego, lugares. O que pode fazer nossa jornada mais leve? Melhor: por que estamos carregando tanta coisa?
Quando fazemos um mochilão -já disse - leva-se o essencial para os planos que se tem. E uma viagem destas ensina muito sobre a vida. Sobre a necessidade de ter tanto, ou de ser e estar. São três verbos diários em nossa vida. Queremos ter coisas para sermos alguém e estarmos bem. O fato é saber o que é que "tendo" nos fará "ser" "alguém” e "estar" realmente bem. E mais: ser alguém para quem?

Da jornada a gente leva eternas lembranças, a grande parte das vezes, boa. A gente leva amizades, momentos, amores, sabores, cheiros, perrengues que nos fazem evoluir, situações que nos mostram como somos capazes de sobreviver em uma sociedade e cultura que são totalmente diferentes da nossa com pessoas iguais a nós. Levamos conhecimento, sabedoria, fé em um mundo que ainda pode ser melhor ao nosso redor. Mas levar coisas....uma pedrinha do Grand Canyon, Kleiton? Pode ser. Mas só isso.
Mochileiro do "le guide du Routard"
guia francês tipo Lonely planet

O resto não vale de nada. Pode deixar para lá.


Agora, o espírito aberto, o amor, a humanidade e humildade, estas são coisas que não podem ficar no caminho. Estas vão preenchendo cada vão da mochila até o dia da chegada do nosso local de destino.

O que você não deixaria para trás?*

Fiquem bem e

Vamos mochilar?


V for Verônica

*Walk On – U2



8 de set. de 2014

A Vida Secreta de Verônica Farias

Desculpaê, mas adoooooro estas "gracenhas"!

A sinopse é basicamente esta: Verônica era uma frequente viajante que mudou para o interior depois de ser demitida de seu super trabalho em São Paulo (onde achava que trabalharia eternamente). Depois deste choque foi ficando apática e descrente de um futuro melhor, mesmo tentando ser econômica.


Neste tempo de interior - 6 anos - está prestes a quitar sua casa, tem um amor há 5 anos e com ele, ganhou mais uma família. Cria 3 cachorros especiais de amor, mudou de emprego 4 vezes, fez boas amizades, caminha bastante, engordou uns 10 quilos e procura manter contato com o povo da "cidade grande". Viajou para fora só mais uma vez. As outras viagens foram pelo Brasil mesmo, visitando a família que fica mais barato.

Video "Pluto", de Björk
"Escuse me, but I'm going to explode......"
O que tô tentando dizer é que temos nossas fases de "inatividade", parecemos ter travado nossas vidas. Nossos objetivos parecem nunca ser atingidos. Mas lembremos e, gregariamente, pensemos que a situação está ruim para muita gente. E que muitas vezes quando achamos que estamos parados, as pessoas e as situações nos mostram que estamos ativos. É só atentar para o que parece não se mover.

Este ano tomei decisões em minha vida e estou visualizando um futuro próximo no caminho do que realmente quero. O momento para conseguir um emprego melhor e, desta forma poder ver com mais frequência meus amigos, minha família e O MUNDO.

Gente, você sente quando o momento chega. algo começa a conspirar ao teu favor. uma energia que não diminui. Um desejo de resolver, de alterar, de crescer e acabar com a inatividade estranha ao nosso jeito de ser.

Assim como Walter (o do filme A vida secreta de Walter Mitty), há o momento em que toca Space Oddity(hahahahaha) e você sai correndo em câmara lenta em direção ao helicóptero, sem saber se aquilo vai dar um bom resultado; o que sabemos é que do jeito que está é inaceitável.

GIF do salto do Walter pra a realidade.
Cara de "Cacete! O que foi que eu fiz?
Eu tô muito doido! Não acredito! Não acredito! Acredito!!!"
Sempre falo da vida da gente. A vida curta que temos. Eu já estou com 41 anos!!!! Viajo desde criança, mas não estarei satisfeita nunca. Cada ano que não conheço um novo lugar fico chateada porque este era meu plano. Isto está impossível, mesmo para uma mochileira. A economia no Brasil e as condições de emprego estão tragicômicas. Sobrevivo para pagar contas.

Esta inatividade também me ensinou que nada é certo. Não há o bem para quem só faz o bem e o mal e injusto para quem é ruim. As coisas acontecem como as gotas de chuva que caem; Elas molham tudo, podem alagar o que já está cheio e afogar o bêbado que cai de cara em uma poça. O meteoro que cai no nosso quintal pode ser a bênção ou a desgraça se antes acertar a cabeça de um de nós.

Estou bem pensativa ultimamente. Estou sentindo próximo o momento da mudança. Contarei a todos e espero a energização de vocês em mim. Eu estou sempre torcendo pela realização de vocês o mais breve possível.

Meu desejo para vocês é que se empenhem para serem pessoas melhores, para que façam mais por vocês e pelos que estão a volta. Para que acordem para a realidade do que é perfeito. Para que voltem a natureza nômade e adquiram de novo a pureza no olhar e vejam como o homem e o mundo ainda são maravilhosos.

Kleiton no Central Park,
Mochilão começando em Nova Iorque - agosto de 2014
Caminhem mais! Comam novidades! Falem com estranhos! Deem a vez, sejam gentis! Lembrem-se de que no trânsito todos somos pedestres. Aproveitem o tempo de ócio para aprender algo. Durmam nas tardes preguiçosas e amem o amor de vocês. Vejam seus amigos sempre que possível. pode ser o ZAP ZAP mesmo. E saiam para um bar ou para caminhar SEM CELULAR!!! Eu gosto de celular, mas, sabe, ele tá deixando a gente muito comunicativo  - com quem não está ao nosso lado.
De pouquinho pintando meu muro.


Desejo aqui,
muitas coisas boas para nós!


V for Verônica