26 de mai. de 2009

Qual a sua Machu Picchu?

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Salcantay, uma das trilhas para chegar a Machu Picchu
Olá, meu povo ansioso por fazer uma viagem econômica, o ainda desconhecido MOCHILÃO!

Hoje quero escrever um pouco sobre este lugar que muitos brasileiros, principalmente jovens, têm loucura por conhecer . Por que vocês querem ir para este lugar?

Muitos nem sabem onde fica, não sabem como surgiu, só sabem que um monte de gente vai para lá, que é um lugar místico e viram que parece ser super bonito. Aquela impressão de que é só pegar um teleférico, ou um helicóptero(o que talvez alguns façam) e já estamos lá no alto, a mais de 3000 metros de altura. É a partir daqui que começa seu mochilão, fazendo trilha, pegando trem, convivendo com guias locais...

Qual a sua Machu Picchu?
Em junho acontece um festival em Cuzco (3300m de altitude)onde há comemoração de plantio e colheita, baseado no calendário Inca, assim como tantas outras festividades voltadas à natureza. Uma terra onde as pessoas se vestiam com o suor do Sol, significado que davam a sua maior riqueza, o OURO. Sacerdotes usavam trajes feitos em folhas de ouro e saudavam o Sol que se refletia em seus corpos.

Os Incas eram como uma tribo. Uma população não muito grande quando se fala em 600 anos atrás. Sim. Estou falando quase perto do seu EXTERMÍNIO deste império. Era um povo formado por ótimos soldados, engenheiros e administradores. Não tinham uma escrita. Seu domínio se estendia por grande parte da América Latina: Peru, Bolívia, Equador, parte da Colômbia, Argentina e do Chile. A cidade de Machu Picchu evoluiu independente do Peru.

Os Incas faziam seus cálculos administrativos através de contas tecidas, não possuíam armas modernas, eram bons peleiros, lavravam pedras e possuíam uma logística, desconhecida até hoje, para movimentá-las. Com um sistema de irrigação elaborado, com canais que percorrem até hoje, de 10 a 20km, tinham uma agricultura sofisticada. A engenharia de construção também é avançada. Fundiam ouro com o vento (!) e nunca localizaram uma mina de ouro. Toda extensa quantidade do mineral veio garimpada dos rios.

O ouro era trabalhado com destreza. Imagina-se que ao longe fosse possível ver, quando o sol batia, a cidade de Machu Picchu brilhante, toda envolta em ornamentos e cheia de esculturas em ouro. Uma cidade repleta de templos para adoração. Principalmente ao SOL. Pensa-se até em Egito...

Em 1530, um expedicionário, com mais de cinqüenta anos, semi analfabeto, se lançou ao mar com um grupo de 170 homens saídos diretamente do Panamá, em direção Sul, com um sonho de encontrar um povoado rico em OURO E PRATA. Era Francisco Pizarro, que sob a bandeira espanhola vinha confiante explorar terras que se supunham virgens e ricas nestes minérios. Ele já estivera por lá e sabia das histórias. Poderiam ser verdadeiras.

Chegando na costa de “algum lugar” ao sul, Francisco, junto ao grupo que o acompanhava seguiu pelas florestas locais e, para sua fortuna, em um período de guerras entre irmãos pelo poder de Machu Picchu. Nesta briga, vencera ATAHUALPA o governo de Machu Picchu. Alguns cidadãos haviam feito contato com o homem branco e foram contar ao rei seu encontro com estrangeiros muito diferentes no vestir, no falar e nas feições. Atahualpa, curioso, pediu que trouxessem estes exóticos homens a sua presença.

Neste encontro muito desconfiado da parte dos europeus, mesmo que maravilhados com tanto “suor escorrido do Sol”, Atahualpa estava destemido e imponente em seu trono de ouro, analisando seus visitantes com ar de curiosidade, mas indiferença. Já os estrangeiros só enxergavam as riquezas que poderiam arrastar para si e para o rei Carlos V, da Espanha. O padre se aproxima do Rei e oferece a ele a Bíblia Católica. Para um homem que não sabe ler e é ele mesmo um representante da natureza na terra, de que adianta uma coisa sem brilho, feita de material desconhecido e feio? Lançou a bíblia ao chão com desprezo, apenas para criar, assim, uma desculpa aos olhos dos espanhóis, para a chacina que aconteceu durante as duas horas seguidas, onde 170 homens exterminaram entre 6 a 7 mil cidadãos incas. Cada espanhol matou em média trinta homens com armas de fogo espadas feitas com aço de Toledo – o melhor do mundo – e fizeram de Atahualpa refém por um bom tempo, quando disseram que queriam apenas negociar e depois partiriam. O rei perguntou se o que queriam era apenas o OURO e a PRATA. Disseram que sim e durante oito meses levaram de 7 a 8 toneladas de ouro e prata em todas as suas formas para fora do Peru. Folhas, jóias, esculturas, pedras...Algumas peças eram tão maravilhosas que deveriam ser apresentadas ao rei, mas Carlos V simplesmente dizia “Derretam tudo”, ao que alguns exploradores e arqueólogos insistiam em que ele as visse. Assim, Carlos V pediu que as trouxessem para que as apreciasse e que as expusessem durante um mês para a população de Sevilha. Após os oito meses de pirataria, o acordo de libertação do povo não foi cumprido e o rei foi estrangulado.

Depois da exibição das peças em ouro e prata na Espanha, tudo foi derretido, assim como o império Inca.

Isto é um pedaço de Machu Picchu e dos Incas. Qual a sua Machu Picchu?

mais info - achei uma página de documentários com assunto Império Inca - tem que pagar, nego. http://www.documentarios.org/video/detalhar/1225/francisco_pizarro/


Mas tem muita coisa de grátis também. É só pesquisar, certo?

Eu adoro a TV ESCOLA!!!



V for Verônica

Ah, vou fazer um post sobre Machu Picchu com alguns detalhes de falados por pessoas que foram como mochileiros.

3 comentários:

  1. Nossa, quanta coisa interessante, gostei muito de ler este post, muito enrriqueçedor.
    ahh achei muito interessante como eles chamavam o ouro: "suor escorrido do sol" que associação interessante. rsrsrrsrs
    Meu blog: http://relatosbrbo.blogspot.com/

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  2. Ouvi dizer que iriam fechar a visitação as ruinas...

    de qualquer forma além do lugar se impressinante a história é bem mais impressionante, t+++

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  3. Peru é um dos berços da civilização sulamericana. Resistir bravamente a colonização sangrenta e de exploração espanhola retrata a característica de um dos povos mais marcantes que perpetuam até hoje no continente. Mochilar pela Europa é maravilhoso,mas estar na América do Sul é ainda ter a oportunidade de ver um mundo tocado artificialmente. Com certeza Machu Pichu é um dos meus destinos, muito em breve.

    Rodrigo T.Mendes - RTM

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