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13 de out. de 2014

Tudo que você não pode deixar para trás

JÁ TEM O LIVRO DE MOCHILÃO? ADQUIRA O TEU AQUI



Saudações meu povo desejoso de conhecer este mundo, se empenhando para concretizar este projeto!

Cá estou eu, pesquisando o ainda inatingível: a volta ao mundo com Mamorrrr.

Pesquisa em vlogs, blogs, basicamente internet, porque desconheço gente de carne e osso que seja do meu circulo de conhecidos  que já tenha feito uma VAM.

Nas pesquisas me deparei com um casal “nômade” – CASALPARTIU – (admirei!) que está pelo mundo há 4 anos sem casa, sem carregar tudo nas costas (exceto a mochila, ou a mala de rodinhas) e vivendo gitanamente, trabalhando tecnologicamente e fisicamente em períodos esparsos no Brasil. A história é interessante e vale assistir o vídeo explicativo deles.


Gostaria de ter condições mais seguras de fazer algo do tipo, mas não me sinto confortável, nem tenho capacitação para viver por meio da tecnologia. Nada é impossível, mas não é meu plano. Por ora.

O legal é que fiquei pensando nessa coisa de posse, de acumuladores, de como não gosto de ter um monte de coisas, mas ao mesmo tempo meu guarda-roupa tá entulhado, com as gavetas vomitando camisetas, cabides suportando pesos que nem meu corpo suporta. (estouro as costuras....).

Fiquei a me questionar sobre mim quando viajo com uma mochila e me sinto tão plena. Será que era porque sabia que ia voltar para o meu tudo, as minhas coisas? Fiquei pensando na minha casa, no valor do condomínio, nas portas fechadas, nos aparelhos eletrônicos.....depois comecei a pensar que realmente não tenho um monte de coisas. A não ser uma pá de roupas. Se minha casa pegasse fogo agora, correria para salvar os cds com fotos de viagem que não pus na nuvem e as fotos físicas que tenho. Os documentos seriam a segunda coisa apenas pelo fato de ser uma chatice fazer tudo de novo.
Eu choraria pelo susto, pelo disco dos Secos e Molhados original que é da minha tia Ione, mas está aqui comigo, lamentaria os discos do Nat King Cole virarem concha com o calor porque eles lembram meu pai no tempo em que eu era criança, no final de semana, ele tomando Campari e minha mãe cantando enquanto estava fazendo algo gostoso na cozinha. Eles estão vivos, viu gente! Lamentaria estas coisas-chave que desencadeiam lembranças maravilhosas. Como se na verdade a gente precisasse disso para rememoriar felicidades...

Coisas coisas coisas!!!! Para que tantas coisas?

Gosto das lembranças dos locais que viajo e gosto das lembranças que as pessoas me dão. São lembranças? Não; são coisas. E colocamos valor inestimável (emocional) nelas quando deveríamos aplicar esta emoção em momentos e pessoas. Não tô dizendo que a gente tem que fazer bazar todo ano na garagem (ou tô?) e praticar o famoso “desapego”. Mas estou dizendo que estas coisas podem prender a gente mais do que queríamos.

Daí pode ter certeza que estou falando não só de coisas, mas de emoções, pessoas, emprego, lugares. O que pode fazer nossa jornada mais leve? Melhor: por que estamos carregando tanta coisa?
Quando fazemos um mochilão -já disse - leva-se o essencial para os planos que se tem. E uma viagem destas ensina muito sobre a vida. Sobre a necessidade de ter tanto, ou de ser e estar. São três verbos diários em nossa vida. Queremos ter coisas para sermos alguém e estarmos bem. O fato é saber o que é que "tendo" nos fará "ser" "alguém” e "estar" realmente bem. E mais: ser alguém para quem?

Da jornada a gente leva eternas lembranças, a grande parte das vezes, boa. A gente leva amizades, momentos, amores, sabores, cheiros, perrengues que nos fazem evoluir, situações que nos mostram como somos capazes de sobreviver em uma sociedade e cultura que são totalmente diferentes da nossa com pessoas iguais a nós. Levamos conhecimento, sabedoria, fé em um mundo que ainda pode ser melhor ao nosso redor. Mas levar coisas....uma pedrinha do Grand Canyon, Kleiton? Pode ser. Mas só isso.
Mochileiro do "le guide du Routard"
guia francês tipo Lonely planet

O resto não vale de nada. Pode deixar para lá.


Agora, o espírito aberto, o amor, a humanidade e humildade, estas são coisas que não podem ficar no caminho. Estas vão preenchendo cada vão da mochila até o dia da chegada do nosso local de destino.

O que você não deixaria para trás?*

Fiquem bem e

Vamos mochilar?


V for Verônica

*Walk On – U2



18 de set. de 2009

22 DE SETEMBRO - DIA MUNDIAL SEM CARRO

Mas ói, que belezura, minha gente!

Quando se faz algo em escala mundial tudo fica mais divertido. Tipo aquela história de todo mundo pular junto pra ver se muda o ângulo em que a terra gira. Rááááái!

Meu, o dia vai cair numa terça-feira. 22 de setembro, terça-feira

Vejam só: isto é uma tentantiva de fazer o povo sentir como seria o dia sem carro. Então, pegue sua charretinha, seu tênis, sua botina de trilha, seu chinelim, sua cadeira de rodas e aproveite para analisar a diferença que haverá no seu percurso SEM VOCÊ NUM VEÍCULO MONOBLOCO, ou numa motocicleta, ou num busão mesmo.

Além do povo parecer um bando de não arrebatados, vai ter uma pova fotografando, mas lembre-se de ANALISAR as diferenças que acarretará menos um veículo nas ruas. Saia um pouco mais cedo para o trabalho, comente com seus colegas o que você percebeu de diferença, como foi seu percurso, qual opção você fez para ir para onde quer que você fosse. É uma reunião de condomínios, na verdade. Aproveite para atualizar seus colegas que estão sem saber do assunto. Conte pra eles que é uma tentativa mundial de diminuir a poluição causada pelo excesso de veículos que transitam todos os dias, principalmente em grandes cidades causando atrasos para você fazer coisas mais prazeirosas, tipo, ir encontrar seu gatinho(a), assistir desenho em casa, lavar roupa, fazer o jantar, dar aquela passadinha no FRANGÓ pra comer uma cochinha com catupiry(eu não ligo; quero é beber!!!), ver seus filhos brincarem, preparar seu roteiro de MOCHILÃO....ah, tantas coisas que você vai conseguir fazer com antecedência, ou até descobrir novidades pelo caminho, conhecer melhor sua cidade, fazer percursos estranhos e descobrir acessos mais fáceis pra você chegar mais cedo em casa (mesmo que de carro).

Vamos participar? Vai ser divertido e importante para o nosso mundo que ainda é maravilhoso!

Meu Mav estará sussú aqui na garagem. Já falei do meu Maverick pra vocês? Meu, soube que o Luciano Huck esteve aqui em Louveira e que fez um LATA VELHA lá no bairro do Quebra, do outro lado da Anahanguera. Ele pegou um MAVERICK pra reformar.......podia ter sido o meu. Poxa......

E como estão seus planos de fazer coisas diferentes pra já ir treinando um mochilão?
Hoje vai ter ROMARIA saindo daqui de Louveira até PIRAPORA DO BOM JESUS. Jesus! São quase 70km. Eu queria fazer, mas analisei cá com meus joelhos e botinas e elas me disseram pra deixar quieto porque serão umas 15 horas seguidas de caminhada pela madrugada saindo daqui hoje, ás 20h00.

Eu quero ir!!!!!! Mas tô com medo de parar no meio do caminho por causa do meu joelho que tá dando uns estralos que nem máquina copiadora com problema. É. Eu sou uma máquina! hihi
Vista de Louveira do alto do morro do BISCOLA (é. entrada irregular.Mas alguém arrombou antes de mim!!!!!!)

Bem, esta era a dica. Abraço em vocês!


V for Verônica

28 de jun. de 2009

Para gostar de ler e VIAJAR na leitura

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Meu povo, como este blog é sobre viagem e tem como motivo de nascimento o meu livro MEU PÉ QUE ME LEVA PELO MUNDO, vamos falar sobre o que você está fazendo agora: "LER"

Estava assistindo o programa ação anteontem e o Serginho Groismann estava discutingo com Ignácio de Loyola sobre o por quê dos jovens de hoje, em idade escolar, não gostarem de ler. Serginho até falou que ele, na época de escola, também achava sacal ter que ler os escritores românticos e tal, mas que conforme "cresceu" e começou a escolher ele mesmo sua literatura, tomou gosto pela leitura. Foi aí que Ignácio de Loyola falou uma coisa com a qual concordo plenamente: por que ter a obrigatoriedade de ler determinados livros quando a maioria dos jovens considera-os chatos e incompreensíveis? Por que as escolas insitem em uma lista de livros que são entediantes quando o objetivo é fazer o jovem GOSTAR DE LER? Precisariam usar literaturas do cotidiano, livros atuais, coisas que atraiam o interesse do jovem pelo assunto.

Sem querer depreciar nossos grandes escritores acredito que muitos livros são complexos e pesados para um jovem que está pensando em Counter Strike, Big Brother, novela das nove e Pânico. A juventude não vê sonho interessante no que leem simplesmente para um vestibular, ou para passar na prova. Por favor, falem-me se há outra opção aqui para ler "A Moreninha". Gente, é apenas um exemplo. Não estou falando mal destas obras. Apenas que para nossa atualidade o jovem não tem atração para se interessar pelas histórias.
Lembro-me de que comecei a tomar gosto pela leitura lendo quadrinhos da TURMA DA MÔNICA. Quem mais???? Minha época de escola era bem diferente da juventude que frequenta escola hoje. Respeitávamos, sofregamente líamos Luciana Saudade (que lembro que era uma graça), Sagarana, A mão e a Luva, O Alienista (o máximo), Dom Casmurro (muito legal) Memórias de um Sargento de Milícia), algumas liras. Eu li livros legais, mas lia o que gostava em casa. Leitura leve. "O que acontece com os potrinhos" foi meu primeiro livro. Mominha, minha irmã, fazia com que eu lesse para ela seguidas vezes porque gostava de quando eu falava "pótrinhos".
O gosto pela leitura também vem de casa. Mominha sempre gostou muito de ler e eu a observava. Já meus pais não liam, mas incentivavam. Faziam inscrição no círculo do livro que fazia trocas frequentes de livros que vinham para o bairro numa perua branca (eu lembro). Hoje vejo dramáticos cenários, mas também emocionantes, onde "Jegue-livro", ou "bibliomulas", ou ainda "bibliocamelos" seguem de povoado em povoado, em vilas remotas no mundo pela boa vontade e crença em um mundo melhor de grandes e desconhecidos heróis. Porque é uma ação heróica salvar a educação em nosso país. Precisamos de bibliotecas atraentes e barulhentas!!!!(sugestão de Ignácio de Loyola)

O segundo lar da juventude "deveria ser" A ESCOLA. Local onde o incentivo à leitura deveria ser alimentado todos os dias através de uma lista agradável de livros, revistas, quadrinhos, joprnais, opções de professores, alunos e pais em conjunto. Eu quero continuar tentando incentivar o jovem a ler. Quem lê tem a cabeça mais aberta, pensa mais rápido, tem desenvoltura para falar, exercita a mente. Falar de atualidade, realidade e falar de sonho é válido, contanto que nós estejamos procurando por isso. Nada de ter que engolir leituras chatas que fazem com que o gosto de um livro lembre apenas a traça que realmente os devora. Temos que incentivar a juventude a ler, mas a ler coisas que sejam interessantes a elas. Depois que se adquire o gosto, basta jogar de vez em quando uma literatura mais pesada que ela certamente será bem interpretada e estes jovens terão uma real opinião sobre ela.

Confesso que quando vejo um livro grosso fico agoniada porque sei que vou demorar meses para lê-lo. É sério. Leio três, quatro livros ao mesmo tempo e demoro até ano pra ler tudo. Quando peguei O IDIOTA para ler levei uns 2 meses para terminar porque só lia no ônibus a caminho do serviço. Durante aqueles caminhos eu estava na Russia e não no caminho prá Santa Cecília, indo trabalhar. Michkin estava a minha frente tendo ataques epiléticos e eu não podia fazer nada a não ser esperar que alguém o socorresse na página seguinte. Adorei o livro. Estive em Florença, na Itália, em 2006 e, sem saber da história, deparei-me com uma placa na frente de uma casa: "AQUI DOSTOIEVSKY CONCLUIU SUA OBRA "O IDIOTA"". Meu, eu enlouqueci! Fiquei tão emocionada! Aquele escritor que foi comigo para o serviço durante dois meses havia escrito aquele livro com o qual tinha me encantado naquela casa a minha frente. Ele andou por aquelas ruas onde andei. A energia dele sempre estará por lá. E agora a minha também.



Ah, professores, rebelem-se! Opinem! Ajudem-se! Reunião de pais, premiação com livros, concurso de redação e poesia nas escolas, leitura em voz alta para os jovens aprenderem a ler e a não ter vergonha de impostar suas vozes diante dos outros, de mostrar como a lingua portuguesa é dinâmica e linda, como é bom saber se comunicar, em quanquer língua, de forma clara e expressiva. Fazer uso de letras de música acho que é uma ótima idéia. O RAP que é tão apreciado por jovens, reggae, a leitura de cordel, tão poética e com as realidades cotidianas de um povo, ou com os fantasiosos folclores dos mundos...

Para gostar de ler
algumas coisas devemos fazer:
que tal começar de pouquinho
lendo simpaticos quadrinhos?

Depois, nos grandes jornais,
tem cadernos especiais
pro menininho e pra menininha
tipo a famosa FOLHINHA

Daí, vamos seguindo assim,
para o jornal, com a FOLHATEEN

E o mundo,
onde vou saber do mundo?
Vou saber com a professora.
que seu eu me chamasse Raimundo
seria uma rima.
Não uma solução.

Incentivo a leitura, meu povo. Vamos pressionar o jovem a ler sem perceber. Aliás, sem perceber o jovem lê muita coisa na internet. Basta a gente ajudar o pobre a ler as coisas que terão algum sentido para o futuro da vida dele, da nossa vida e do mundo em que vivemos.

Tudo do melhor sempre.

E eu, qualquer dia bem logo, volto a rodar este mundo. Mas enquanto não dá din din pra viajar, viajo por aqui, na viagem de vocês.

Viagem que isso me ajuda a ficar feliz com vocês.

"Livro fechado é um livro morto. Biblioteca não é um mausoléu. É um lugar para se ler, apreciar e falar sim, sobre os assuntos de todos aqueles livros" (mais ou menos o que Ignácio de Loyola falou no programa AÇÃO ESCOLA)


V for Verônica

11 de mai. de 2009

VOLTA AO MUNDO - GUIAS DE VIAGEM

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Boas noites, bons dias, minha gente!

Antes de tudo, deixe falar que na SARAIVA do Center Norte tá cheio de guia velho em promoção. Tipo um sebão: Dérreal cada!(R$10,00). Tem guias de 2002 a 2007 das "marcas" Michelin, Fodor's, Frommer, Lonely Planet, e umas outras menos pop que esqueci o nome. Eu sei que tenho uns guias em casa que foram datilografados(pra exagerar). Como a maioria das coisas no mundo não mudam de lugar e novidades a gente pega na internet, lá fui eu(que estou pobre por ora) mandar ver em quatro guias. Eita! O da Itália é pra emprestar prá Ju de ITU.
Falando de guias pra fazer a VOLTA AO MUNDO
Imagine você, sua mochilinha, com vários guias dos lugares do mundo. É bom já contratar um sherpa daqui do Brasil pra carregar a biblioteca e você se ocupar apenas da mochila com suas coisinhas menos importantes porque informação é tudo. Você pode estar peladão no Sudão, mas tem que estar vestido de informação. Naaaaada! Aliás, por onde você vai começar sua viagem e por que?
Você já vai ter feito uma pesquisa exaustiva na internet sobre sua viagem e vai saber muito do que você quer fazer. Então, além de você ter estudado muitos guias em livrarias e bibliotecas, ter pego emprestado com todos os seus conhecidos, desconhecidos, comprado algum em sebo, você levará apenas um guia do primeiro continente que você vai visitar. Os demais serão adquiridos ou no país, continente anterior, ou quando você chegar no próximo destino. E o que fazer com o de onde você já esteve? Imite as ações altruísticas de DERSU UZALÁ: deixe o guia que já usou no albergue para os próximos viajantes poderem utilizar. Para quê você vai querer um de onde você já esteve, fazendo peso e inútil? Desapega, nego! isto NÃO É IMPORTANTE!
Clique na foto para assistir a um capítulo muito bonito em espanhol
Li em uma página na net há algum tempo sobre uma menina que estava viajando pela Africa e que conforme passava pelos lugares ia arrancando as folhas correspondentes do Lonely Planet dela pra aliviar o peso. Primeiro achei aquilo um terror. Que pecado, detonar um Lonely Planet porque tá pesando?! Hoje, pensando em meses de viagem carregando uma mochila, acho que ela estava muito certa. Mudei minha visão. O máximo que passei fora, por viagem, foi dois meses e isso não é tempo suficiente pra começar a querer se desfazer de coisas, ou entender como é importante o desapego do que passa a ser desnecessário. Isto é um dos aprendizados do mochilão. Em casa, quando as coisa não cabem mais nas gavetas do guarda-roupa, está na hora de irem embora pra outro corpo. As estantes estão bombando de enfeites e livros? Várias coisas tem que dar espaço para o novo. Cofesso ser um pouco doloroso me desfazer de bibelôs. É que nunca compro essas coisas; as pessoas me presenteiam e gosto de expor para quando elas vem me visitar virem que as considero. Mas quando a prateleira começa a "soltar da parede" é hora de passar coisas adiante.
Dersu: "Capitaaaan!"

Capitan Arseniev: "Dersuuuu!"
Ah, falei de Dersu porque ele pensa no outro, mas também porque ele foi guia do grupo de soldados que estava fazendo a topografia da taiga siberiana.

E cada um, Capitão Arseniev e Dersu, seguiu seu caminho, mas com os corações entrelaçados por uma profunda admiração, amizade e respeito. (chorei duas lágrimas)

V for Verônica

13 de fev. de 2009

MOCHILÃO E CURSO DE TURISMO

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Mominha no rio que corria atrás de nosso albergue em Legget, norte da California. Ursos em fim de hibernação!!!
O curso de turismo abrange uma série de matérias que um viajante comum jamais irá imaginar. É certo que há muita gente que sabe que é pesquisado, analisado, cuidado para que passe muito bem o seu período de férias. E para que divulgue a qualidade do atendimento, claro, e incite mais viajantes a desfrutarem.

Quantidade de atrações que temos em um hotel.
Não estou falando da piscina de Tobogan e, sim, dos agradáveis atendentes, das cores de seu quarto, da disposição da toalha, da força da ducha, das informações prestadas na recepção, de para qual lado estão dispostas as camas, o que há em seu mini freezer. Isto tudo é estudado para melhor atendê-lo. Por todas as cidades do país em que vivemos, o Brasil, o mesmo acontece. Por todo o mundo, acontece de formas diversas.

O berço da hotelaria, a Suíça, é um dos locais onde o turismólogo deveria ir, assim como um muçulmano deve ir à Meca. Em Berna, por exemplo, você é atraído pela arte nas paredes das construções, pela preservação da história. Todas as lojas são agradáveis, tanto pelo que servem como por suas cores e simpático atendimento. Os Centros de Informações Turísticas atendem rapidamente, pois sabem que o viajante quer aprender vendo, quer chegar logo ao seu destino. Então, imediatamente as orientações são dadas e de forma clara. Se não conhecem a língua do cliente, se desdobram para auxiliá-los. Sempre muito solícitos. Na maioria dos Centros de Informações há mapas gratuitos da cidade.

Viajar para um país diferente do seu amplia sua visão para novas formas de servir, de agradar, de atrair o público. Até mesmo o mochileiro, que é um viajante regulado com dinheiro não resiste a algumas atrações, a um charme beduíno para a aquisição de um produto, a comer, uma vez que seja em um restaurante saboroso de preço salgado. E um mochileiro sempre passa a adiante as coisas boas de sua viagem.

Mochileiros do Mundo e o Brasil

Como mochileira, digo que, se este país se transformar em uma TERRA DE MOCHILEIROS, o turismo vai ganhar muito em lugares raros. É que o mochileiro vai para onde ele quer, mesmo sem um transporte público. Ele se hospeda, come ou dorme onde der. Imagine um albergue totalmente interagindo com uma floresta, sem estrada, estacionamento. Para chegar até ele só por trilha, limite de 20 camas, onde a cama tem colchão de palha, com comida simples, alguns livros, banheiros coletivos, uso de energia solar e reciclagem de água,um hotel totalmente “verde”, informações sobre todas as trilhas existentes, opção de contratar um guia, aluguel de equipamentos como barraca, lanterna, bateria, canivete, cloro para água ,acesso gratuito à internet, estudantes de turismo trabalhando. O viajante teria como um de seus pensamentos um “Caramba! Até aqui o capitalismo chegou!” Mas duvido que seria seu primeiro sentimento. Acredito que iria ficar encantando com a possibilidade de mais pessoas poderem desfrutar daquele local onde há tanta beleza, ficando em um ambiente agradável, onde pudesse interagir com outros viajantes, sem uma TV para competir por atenção, o capitalismo imperando com diversos artigos para consumo, uma multidão do lado de fora aguardando para se hospedar, fast food do outro lado da rua, serviço de quarto mal feito. E tudo isso por simpáticos R$30,00 a diária. De nada adianta trabalhar com algo de valor alto e para a massa. O benefício para o turismólogo seria no contingente. E o mochileiro é um tipo de viajante mais consciente. Tem pensamentos para o bem da natureza, está disposto a aprender e a dividir. As viagens o tornam assim. Ele anda com menos posses e sabe onde deve deixá-las. É uma parcela do mercado turístico desconhecida em nosso país. Uma parcela que além de viajar, e consumir, também aprende e se torna um cidadão melhor. O mochileiro ainda não foi descoberto em nosso país. E deve-se tomar cuidado. Ele sabe quando é explorado e não vacilará em dormir na casa do vizinho, acampado, ou na rua ao invés de apreciar sua estadia por R$60,00, onde ele só iria dormir.

A política do mochileiro é ter o albergue como local para trocar idéias com pessoas do mundo, cama e, ás vezes, banho. Nada mais. E até isso ele poderia conseguir de graça. É que ainda é muito melhor você ficar em um local que te deixe mais à vontade e um albergue faz isso muito bem. Há muitos como você hospedados nele.

O mochilão do Turismólogo
Centro de informações Turísticas - Eslovênia

O turismólogo aprenderá sobre o turismo mochileiro e muito mais sobre atendimento ao turista em geral. Poderá, ainda, fazer um intercâmbio intercalado com o mochilão.

É importante que ele saiba como ser um viajante independente antes de mostrar outros caminhos aos seus clientes. Ele terá mais segurança ao recepcionar. Saberá realmente do que está falando. E passará a energia na medida.

Para o turismólogo, realizar uma visita deste estilo é esclarecedor. Um estudo de campo. Visão de como o homem é recepcionado em diferentes culturas. O que é feito para agradá-lo e para fazê-lo consumir lazer. Quais os custos pelos serviços? Qual público consome determinado serviço? O que o país oferece ao viajante? Há tours guiados? Há sinalizações de pontos turísticos pelas cidades? Há passeios que você pode fazer sozinho com indicações pelas ruas? Como é a segurança em determinado país? Há muito policiamento pelas ruas? Os habitantes conseguem auxiliar uma pessoa que fale uma língua diferente? São hospitaleiros? A comida é agradável ao paladar do país onde vivemos? Os hábitos realmente são como os que lemos nas revistas ou é tudo exagero? É possível conferir quando você mete as caras e vai sentir na pele a recepção ao turista. E não seria necessário você se hospedar em um hotel. Visitando a recepção já se identifica, ainda mais sendo um estudioso da área, muitas coisas oferecidas ao cliente. Para quem é mais ousado, o negócio seria solicitar um estágio, ou uma semana de visita à cozinha, ajudando no serviço de quarto, conhecendo o serviço de lavanderia, ou ainda a parte administrativa, que deve ser bem agitada, principalmente em países europeus.

Sugeriria ao estudante de turismo e mesmo ao turismólogo a experiência de um mochilão. É um estilo diferente de viagem, onde você aprenderá mais sobre o mundo por si, conhecerá um público diferente e simples, mas exigente quanto a informação; é econômico, mas disposto a ir em uma cidade remota apenas para visitar um ponto turístico, ou experimentar uma gostosura de determinado lugar. São pessoas que amam a aventura e preferem dispender seu orçamento em algo que realmente tenha significado em seus corações, como um aprendizado que possa dividir.

Então, aproveite sua juventude, ou aproveite sua profissão e aperfeiçoe-se na arte de tirar o melhor de suas viagens e de si. Sempre falo: Mochilão é terapia; é aprendizado para a vida! Vá já fazer o seu!


V for Verônica
Cidadã do Mundo