12 de mar. de 2009

Começar a mochilar pela América do Sul. Por que, papi?

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Trilha em El Chaltén - Argentina


Ah, sempre fui da política de mergulhar no totalmente desconhecido. É como sou e sei que a maioria das pessoas, principalmente brasileiras, veem de forma diferente, senão tinha muita gente mochilando como eu.

Minhas justificativas de ir inicialmente para longe, evitando nossos vizinhos latinos são:
-Quanto mais novos, mais longe devemos ir porque depois podem haver imprevistos na vida, tanto financeiros como de saúde e mudanças de humor;
- O diferente é que transforma a gente, então para quê que vou logo aqui do lado me aventurar pelo “estrangeiro”? São as diferenças que fazem com que ultrapassemos os limites que achávamos que tínhamos;
- Viajar pela América latina, logo em meu primeiro mochilão vai me fazer querer viajar mais por aqui porque é fácil, mais barato e é bonito também;
- Quem é diferente ensina mais para nós do que o semelhante. Óbvio! E nós vice-versa. Assim, o mundo globalizado acontecerá porque haverá troca de informações “in loco”!
Mas se você tem medo, o negócio é meter as caras por aqui mesmo porque tem muita coisa linda do ladinho da gente, muita cultura na construção, na culinária, na criação...

Relutei muito para ir para a Argentina porque sempre gastei mais indo para a Europa, ainda mais que sempre vou pra mais de 5 países, para aproveitar o pouco tempo que tenho, mas admito que valeu muito a pena conhecer nosso vizinho. Não estou falando de Buenos Aires (...). Falo do Sul, da Patagônia, na beleza natural, principalmente. Dos lugares onde você pouco vê brasileiros. Lugares que muita gente considera inatingíveis! Eu já havia ido para outros lugares, e somente por isso (e por falta de grana) pensei que valeria a pena me aventurar por aqui. E também com um convite da querida Luciana de Melo que queria aprender a mochilar. Conheço alguns lugares no Uruguai também porque tinha parentes que moravam lá em Sol y Mar, Canelones. Dali, conheci também Punta Del Este, Montevideo...é um país muito elegante e de pessoa com perfil (e aparência) bem diferente do nosso.

Se fazer o mochilão para América Latina for um chamariz para você REALMENTE querer fazer seu próximo mochilão para a Europa, meu, meus objetivos com o LIVRO e com este blog foram atingidos. É ter coragem, é descobrir que é possível, que é transformador e que este mundo tem pessoas maravilhosas que nos fazem ver um EU diferente. Mostram-nos como podemos ser ainda maiores do que já somos e de forma humilde. Pode crer!

Sou bem chata quanto a isso. Mas fazer o que? Sou um tipo de pessoa e você é outro. Apenas isso. Um dia um de nós aprende. Mas tem que ser logo porque a vida é curta e o tempo tá aí, correndo como louco na nossa frente. Tem que se começar por algum lugar, então comece logo! Nem pense muito porque pensar acarreta dúvidas, medos e muitos já pensaram por você e já fizeram o que você está prestes a fazer. Basta pegar seus equipos, fazer seu “Salam”, sinal da cruz, fechar seu corpo, rezar para suas crenças e mandar ver por aí.

Para quê se esconder do mundo? Deixar para poucos saberem a pessoa maravilhosa que VOCÊ também é e nem sabia...

Ah, mas o mundo, as pessoas, sua confiança, o caminho vão te mostrar.

Bon Voyage, mon grand petit!


V for Verônica

2 comentários:

  1. Oi Verônica.

    O detalhe é que achamos que conhecemos a América Latina. Somos criados cheios de esteriótipos e preconceitos com nossos vizinhos.

    Nossa educação é voltada para a Europa e Estados Unidos. Até mesmo no ensino superior a América Latina é deixada de lado.

    Nesse caso, o diferente, muitas vezes está mais ao nosso lado do que imaginamos.

    Mas é só um comentário. Parabéns pelo blog.

    abraços
    Rodrigo

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  2. Ei, meu bem! Já pensei muito sobre isso e, como viajei por aqui, mesmo sem ser mochilão, passeando com a família, antes mesmo de fazer meus mochilões, nada me impressionou tanto como não entender uma palavra do que estavam me falando, eu saber que estava sozinha com uma cultura nada calorosa, mas que acabou se mostrando HUMANA como nós, porque tem gente que acha que estrangeiro é ET, e atenciosos. Vai muito também do que a gente já conhecia e do momento em que conhecemos essas coisas. Admito que agora, mais velha, foi impressionante visitar as belezas naturais da América Latina, mas ainda assim, o que está distante está....distante. E conseguir chegar lá e se virar é excitante.

    V for Verônica

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